opto por voar
domingo, 29 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
Inoportuna
Quem nunca sentiu-se assim em algum momento?
Inoportuno(a)... fora do lugar...ou no lugar certo na hora errada...
(ouça a música do link e identifique-se)
(Foto By Mari Romero - parque Guell - Barcelona/ES)
(copie e cole o link para escutar a cançao diretamente do youtube)
http://youtu.be/ZGFqd_-tq5Q
Quem nunca sentiu-se assim em algum momento?
Inoportuno(a)... fora do lugar...ou no lugar certo na hora errada...
(ouça a música do link e identifique-se)
(copie e cole o link para escutar a cançao diretamente do youtube)
http://youtu.be/ZGFqd_-tq5Q
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
"Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar..."
Clarice Lispector
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
De onde você é?
A essa pergunta sempre respondo com a
frase de uma palavra: “daqui”.
“Minha casa está na fronteira - e as
fronteiras se movem, como as bandeiras” - Jorge Drexler
Dizem que todos temos raízes. Se é
verdade, sou hidropônica, afinal, sou constantemente transplantada,
me adaptando a 'qualquer possinha' ou qualquer tipo de terra.
Ter tal facilidade de adaptação na
maioria das vezes é muito bom. Principalmente quando tem-se mais de
uma cidadania e/ou mais de uma 'terra' ou ainda quando viajamos
muito, mas vez por outra, pessoas assim são tomadas de uma
angustia ou ansiedade latente. Um sentimento aparentemente sem motivo e tão
oculto que se dilui, camufla ou mimetiza no cotidiano, como se não existisse. Mas a
pessoa sabe que ele está ali... existindo... quase imperceptível,
mas ao mesmo tempo irresistivelmente presente – como uma “saudade
de não-sei-o-quê”
Um desses sentimentos na minha vida é
o de “não pertencer”. Creio que seria melhor usar a expressão
“pertencer-não-pertencendo”. Sofro desse mal, que também
poderia ser denominado de “ser estrangeira”. Independente de
onde esteja, sempre sou estrangeira. Mesmo sendo do tipo de pessoa
que se adapta facilmente a diferentes ambientes. Essa seria uma
característica favorável ao sentimento exatamente oposto ao que
descrevo no início desse parágrafo. Mas não é. Mesmo
adaptando-me facilmente às mudanças, sinto-me sempre diferente...
estrangeira. Uma estrangeira com regalias. Com direitos adquiridos de
estar alí, mas ainda assim, estranhamente estrangeira.
Viver assim altera até o metabolismo
corporal... (e nem me refiro ao jet lag). Comemos o que se serve na
estação... e quando vive-se 8 invernos em 4 anos? Foi o que
aconteceu comigo... nesses 4 últimos anos passei os meses
de inverno no Brasil e no “nosso verão”, como uma ave migratória
voei na contra-mão das “normais” (que voam fugindo do frio), eu
voei, rumo ao inverno do hemisfério norte... além-mar.
Esse instinto de viver voando na
contra-mão também levou-me à Europa quando a maioria dos
brasileiros que viviam lá estão voltando, motivados pela crise. A
diferença? A motivação. Esses que estão voltando foram para ganhar eu fui para levar.
Nem sou tão altruísta assim, aliás, sou até bem egoísta, pois
não há nada que traga maior satisfação, alegria e realização do que o fazer
algo bom e produtivo por prazer... por amor.
Mas isso só ocorre quando se está tão cheia desse amor a ponto
de não mais poder conte-lo só pra si. Assim, tive que ir... tive que dizer
pra esse povo (ainda que pra poucos que me ouviram), através da minha arte, que TER não é o que traz
felicidade, nem paz. Dizer que paz verdadeira não é ausência de
lutas, mas tranquilidade nas lutas e sabedoria para trava-las.
(foto by Eveny Borguignon - Barcelona 2011: quadro na sala de jantar)
Penso como cidadã daqui (onde quer que seja “aqui”) mas igualmente estrangeira por sentir-me também de um mundo que não é esse. Um mundo descrito em vários textos de livros bíblicos... enfim, sinto-me cidadã. (Com um “ponto” depois, sem nenhuma identificação geográfica dessa cidadania). Sendo assim, onde quer que esteja, sinto-me a estrangeira mais dona da terra do que o que nela nasceu, pois não estou ali pra tirar algo, ganhar a vida, mas para compartilhar a vida que já tenho e nesse compartilhar... dar tudo de mim sem esvair-me, e nesse dividir, ve-la multiplicar-se... isso só se faz por amor e um amor assim é transcendente... divino. E falando do divino, se a geografia de Deus é diferente da nossa, nem te conto o quão diferente pode ser a Sua matemática.
um link relacionado - indico:
http://anovacristandade.blogspot.com/2012/01/o-agora-e-o-ainda-nao.html
Penso como cidadã daqui (onde quer que seja “aqui”) mas igualmente estrangeira por sentir-me também de um mundo que não é esse. Um mundo descrito em vários textos de livros bíblicos... enfim, sinto-me cidadã. (Com um “ponto” depois, sem nenhuma identificação geográfica dessa cidadania). Sendo assim, onde quer que esteja, sinto-me a estrangeira mais dona da terra do que o que nela nasceu, pois não estou ali pra tirar algo, ganhar a vida, mas para compartilhar a vida que já tenho e nesse compartilhar... dar tudo de mim sem esvair-me, e nesse dividir, ve-la multiplicar-se... isso só se faz por amor e um amor assim é transcendente... divino. E falando do divino, se a geografia de Deus é diferente da nossa, nem te conto o quão diferente pode ser a Sua matemática.
um link relacionado - indico:
http://anovacristandade.blogspot.com/2012/01/o-agora-e-o-ainda-nao.html
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
o blog "eudoavesso" acabou de nascer! Como todo recém nascido, ainda não tem muitas informações, mas muito rapidamente esse quadro mudará.
o que o eudoavesso se propõe a ser:
O nome "do avesso" não quer sugerir rebeldia ingênua, mas sim, mostrar que nem tudo é o que parece ser quando se vê de outro ângulo, ou mesmo do lado do avesso.
o que o eudoavesso se propõe a ser:
(foto by Mari Romero - autorizada para este blog)
Por hora, apenas um OLÁ E SEJA BEM VINDO ao meu mundo do avesso - é assim que pretendo expressar-me: sem reservas. Em muitos momentos será a exposição máxima de meus sentimentos, pensamentos e o que isso tudo trouxer com eles. Tudo exposto do avesso, sem maquiagem - com o máximo de verdade - mesmo que muitas vezes, essa verdade apareça de pernas ao ar ou "do avesso". Essa característica motivou a escolha da foto, em um primeiro olhar, muito estranha e até mesmo confusa, mas trata-se da genial maquete criada pelo arquiteto Gaudí. Essa maquete encontra-se dentro da catedral Sagrada Família em Barcelona - Espanha e só pode ser compreendida quando, ao invés de olhar para os saquinhos de areia pendurados, olhamos para o espelho que está abaixo (infelizmente não se nota na foto, mas o "chão" é um espelho) - o reflexo mostra o avesso do avesso, pode-se então, ver o contorno da catedral perfeitamente desenhado. O nome "do avesso" não quer sugerir rebeldia ingênua, mas sim, mostrar que nem tudo é o que parece ser quando se vê de outro ângulo, ou mesmo do lado do avesso.
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